Pensando em Copas do Mundo, podemos dizer que a seleção brasileira acumula alguns carrasco nas histórias da competição.
O uruguaio Ghiggia, em 1950, o italiano Rossi, em 1982, o francês Henry, em 2006, e o holandês Sneijder, em 2010, foram alguns dos algozes que a Amarelinha conseguiu ao longo das edições.
Outro jogador que também sempre é lembrado pelos brasileiros, neste caso, é o francês Zinedine Zidane."Asa negra" da Seleção nas Copas de 1998, quando anotou dois gols na final, e 2010, quando comandou os Les Bleus nas quartas-de-final, Zizou revelou que se inspirava para atuar contra a Canarinho.
Em entrevista a revista francesa So Foot, o três vezes vencedor do prêmio de melhor jogador do mundo pela Fifa disse que quando via a Verde-Amarela do outro lado do campo, queria mostrar que também sabia jogar futebol.
"Sempre que joguei contra o Brasil, minha atuação foi transcendente. Mesmo se disputar um jogo de veteranos contra eles, certeza que atuarei bem. A camiseta, os jogadores, tudo inspira. Você tem vontade de mostrar que também é bom", declarou.
Apesar de ser carrasco da Seleção em Copas, Zidane revelou que tinha uma ótima relação com os brasileiros de seu último clube, o Real Madrid, que tinha jogadores como Ronaldo, Robinho e Roberto Carlos.
Ainda sobre o lateral-esquerdo, Zizou fez uma revelação inusitada sobre o ex-jogador e atual treinador do Sivasspor, da Turquia.
"Me dava muito bem com os brasileiros. Ficava encantado como eles viviam em Madri como se estivessem no Brasil. Sempre fazendo festa, sempre rindo, sempre relaxados. Algumas manhãs, eles chegavam ao treino com a mesma roupa do dia anterior. Rapidamente entendi que eles não tinham dormido, tinham vindo direto para o treino. O Roberto Carlos chegava perto de mim e sussurrava: 'Zizouuuu!'. Ele se divertia assim, ria. E era uma força em campo, nada o afetava. Para eles, nada era grave, nunca havia problemas", lembrou.
Atualmente ocupando o cargo de auxiliar técnico do técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, Zizou enalteceu a história da Amarelinha.
"Jogar contra o Brasil é sempre especial porque você não tem nada a perder. Eles são o futebol. Apesar dos ingleses terem inventado, os brasileiros são quem realmente gostam do futebol e o esporte pertence a eles. O Brasil nos ensinou o caminho de tudo. Ainda que nem sempre o estilo seja eficaz, é tão bonito de vê-los jogar. Zico, Sócrates, Júnior, os times de 82 e de 86. Essa camisa amarela tem algo magnético. Quando a vejo sempre tenho parar para assistir ao jogo", finalizou.
E.Interativo
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