O apetite do varejo e das grandes indústrias levou o Governo do Estado a lançar um projeto para estruturar e aprimorar o trabalho das facções, com apoio em áreas como gestão, qualificação de mão de obra e crédito.
Batizado Pró-sertão, o projeto, lançado no início de agosto, quer quadruplicar o número de facções, multiplicar por cinco a produção diária no segmento e por nove o número de pessoas empregadas na atividade.
Hoje, o estado conta com 90 facções, com uma produção somada de 31,5 mil peças por dia e 2,3 mil pessoas empregadas.
A produção, que passará a ser de 150 mil peças por dia, será comprada inicialmente pela Guararapes e a Hering, que também pretendem ampliar a base de fornecedores, através do projeto - desenvolvido em parceria com o Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae/RN) e a Federação das Indústrias do estado (Fiern).
“A ideia é identificar os empreendedores que queiram costurar as peças para essas indústrias e qualificá-los. Vamos orientá-los desde a escolha do modelo gerencial até o atendimento à legislação”, diz o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Rogério Marinho.
“Vamos preparar todo o arcabouço necessário para que eles tenham segurança e trabalhem dentro da legalidade”.
FÔLEGO
O projeto será desenvolvido, de início, na região Seridó, que tem tradição na atividade. Para o presidente da Fiern e do Conselho Temático Permanente da Micro e Pequena Empresa, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Amaro Sales, a terceirização da costura, via contratação de confecções menores, ajudará a indústria têxtil e de confecções potiguar a recobrar o fôlego e recuperar a competitividade perdida nos últimos anos.
O setor perdeu espaço em áreas como produção, emprego e arrecadação, pressionado por fatores como dificuldades para competir com produtos asiáticos, mais baratos.
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