O governo dos Estados Unidos pagou US$ 20,2 milhões, por mais de meio século, em prestações da seguridade social a mais de 130 pessoas vinculadas a crimes nazistas e que moravam no país norte-americano.
O valor pago, muito maior do que a expectativa dos investigadores federais, mostra a facilidade com que milhares de ex-nazistas conseguiram viver nos Estados Unidos, sem qualquer tipo de controle, logo após o final da Segunda Guerra Mundial.
Um relatório que será publicado essa semana pelo Inspetor Geral da Administração da Seguridade Social conclui que praticamente tudo o que foi pago, foi feito de acordo com a lei de cada momento e que os funcionários federais não tinham autoridade para proibir que estes benefícios fossem concedidos ao ex-nazistas, a não ser que eles fossem deportados.
Nas décadas de 1960 e 1970, dezenas de antigos nazistas que tinham envelhecido nos Estados Unidos começaram a receber as prestações da Seguridade Social sem investigação por parte das autoridades federais sobre a relação dos imigrantes alemães com os crimes cometidos durante a guerra.
Na década de 1980, após pressão do Congresso, o Departamento de Justiça começou a investigar centenas de suspeitos nos Estados Unidos e começou um processo de deportação de ex-oficiais nazistas, guardas de campos de concentração, líderes dos esuadrões de execução e outros crimes de guerra.
O relatório encontrou que mais de 30 antigos nazistas receberam US$ 5,7 milhõesde seguro social antes de serem deportados. Outros 95 ex-nazistas que receberam US$ 14,5 milhões nunca foram deportados e continuaram recebendo as prestações.
Alguns morreram antes que pudessem ser deportados, outros fugiram do país e ainda tiveram aqueles que foram autorizados a permanecer no país depois de serem investigados.
A.O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário