segunda-feira, 15 de junho de 2015

Maria Júlia Coutinho diz que não conhece Bonner e Renata pessoalmente

Apesar de parecem conhecidos de longa data quando interagem no “Jornal Nacional”, Maria Júlia Coutinho, “moça” do tempo do telejornal, nem conhece pessoalmente os titulares da bancada, William Bonner e Renata Vasconcellos. 

Tamanha intimidade no ar foi construída com a ajuda da tecnologia.

— Minha relação com eles é via telefone e e-mail. É muito louco porque parece que já tomamos café juntos, tão grande é a nossa sintonia — comenta a jornalista, que assumiu o novo posto no final de abril e segue morando em São Paulo, enquanto o “JN” é transmitido do Rio. 

O convite veio num sábado de folga. Especificamente no dia 11 de abril. Então à frente das previsões meteorológicas do “Hora um” e do “Bom dia Brasil”, Maria Júlia recebeu um e-mail de sua chefe. 

A diretora de jornalismo da Globo em São Paulo, Cristina Piasentini, pedia para conversar: “Não quer passar aqui?”. 

— Ela me disse que estava gostando do meu trabalho, da minha informalidade, e que eu seria promovida — conta ela. A mudança seria “no susto”: a estreia estava agendada para apenas 16 dias depois.

 — Não me senti nervosa, mas sei que fiquei, porque fui abraçar uma colega, e ela falou que eu estava gelada, o que não é normal — lembra a jornalista, que recebeu apenas uma recomendação: — Que eu mantivesse o meu jeito. Queriam uma coisa mais solta, uma interação com os apresentadores. Tenho bom senso. 

Até a estreia ao vivo diante de Bonner e Renata, Maria Júlia gravou pilotos todos os dias. No “JN”, em vez dos 40 segundos a que estava acostumada, ela teria dois minutos e meio para comentar a meteorologia. — Precisava de mais espaço, até para ficar mais natural — pondera ela, que diz não combinar as perguntas previamente com os âncoras. 

— Mando para eles um roteiro do que vou comentar. Digo, por exemplo, que vou começar falando de temperaturas baixas, da chuva na região Sul, depois sigo para o sol no Nordeste. E, a partir daí, eles improvisam. 

Desde que estreou no horário nobre, a rotina de Maria Júlia mudou: em vez de acordar às 2h para fazer companhia à Monalisa Perrone no primeiro telejornal da Globo, o despertador agora toca às 8h.

— Graças a Deus! Meu marido agradece— diverte-se ela, que é casada desde 2009 com o publicitário Agostinho Paulo Moura. 

— A gente pode dormir mais tarde, posso sair, visitar amigos, a família. De manhã, consigo ler o jornal, fazer café, passear com meu cachorro… Outra novidade é que a mesa dela não fica mais na redação. — Agora fico no departamento de arte, para acompanhar mais de perto o processo da elaboração dos mapas com os ilustradores e meteorologistas — afirma. 
O Globo

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