O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira, 11, que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, se encontra “enfraquecido” para ser indicado a uma cadeira na Corte, após reportagem do site The Intercept Brasil sobre diálogos que ele teria mantido com procuradores da Lava Jato em Curitiba quando era juiz.
Para Marco Aurélio, o episódio “não robustece o perfil dele nessa caminhada, ao contrário, fragiliza o perfil”. O ministro acrescentou que também prejudica Moro ele ter sido colocado “numa sabatina permanente”.
“Ele ficará sendo acuado esse tempo todo, até 1º de novembro de 2020 quando o ministro Celso de Mello se aposenta compulsoriamente. Fica desgastado em termos de nome para o Supremo, sem dúvida alguma”, acrescentou Marco Aurélio.
Sobre as mensagens publicadas pelo The Intercept, Marco Aurélio disse não ter dúvida de que houve algo que “discrepa da organicidade do Judiciário”.
“O juiz dialoga com as partes no processo, com absoluta publicidade, com absoluta transparência. Se admitiria um diálogo com os advogados de defesa? Não. Também não se pode admitir, por melhor que seja o objetivo, não se pode admitir com o Ministério Público”, disse o ministro do STF.
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