A campanha eleitoral passou e podemos tirar dela lições importantes.
Mais uma vez os pontos nevrálgicos dos problemas enfrentados pelo país e os que virão parecem não fazer parte da agenda da maioria dos candidatos.
Ao nosso ver o país discutiu temas atrasados, de uma geração passada. Não que não tenham a sua importância, mas que deveriam já estar solucionados por governos anteriores.
Os candidatos, principalmente a presidente eleita, sentiu-se presionada pelos dogmas religiosos e teve medo de expressar seu pensamento verdadeiro. O candidato oposicionista aproveitando a oportunidade "levou" a eleição para 2º turno.
Esqueceram que o Estado é laico, ou seja, não tem religião, não pode favorecer "A" ou "B". Na verdade acredito que não esqueceram, tiveram medo de perder votos.
Outro tema que permeiou os "embates" (e não debates) foi o aborto. Outra vez com medo de perder votos a candidata da situação ficou com receio de tratar sim o tema como uma questão de saúde pública, pois naquele momento ela representava uma candidatura a exercer o cargo público mais importante do país, ela emblematizava o Estado e teria sim que afirmar que trataria quem quer que necessitasse de cuidados de saúde como tal. Demorou a dar tal afirmativa, titubiou.
O seu pensamento religioso sobre o aborto sim é um outro assunto, de foro íntimo. Mais uma vez seu opositor aproveitou a oportunidade e tirou proveito eleitoral.
Mas o que não ficou claro foram as discussões mais emblemáticas como reformas na economia, na previdência, no trabalho, o salto que precisa ser dado na educação, o acesso a todos os brasileiros a uma saúde pública que funcione adequadamente entre outras questões de urgência e relevância.
Por tudo isso meus caros, faltou propostas aos candidatos. Na verdade eles foram vagos em demasia.
* o blog é contra o aborto no sentido religioso, mas a favor do tema ser tratado como questão de saúde pública.