O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta segunda-feira não haver motivos para a inclusão de Marcos Valério, um dos principais réus no julgamento do mensalão, em um programa de proteção às testemunhas neste momento.
O procurador-geral afirma ter sido informado pela própria defesa de Valério que ele estaria em perigo caso fizesse novas revelações a respeito de sua atuação junto a políticos, o que ainda não ocorreu.
- A notícia que me chegou dele [Marcos Valério] foi no sentido de que não havia ainda nada que justificasse uma providência imediata. Agora, se ele viesse a fazer novas revelações, aí sim, esse risco poderia se consubstanciar, afirmou Gurgel.
O procurador afirmou que novas declarações de Valério só podem servir para um eventual caso de delação premiada caso ele também apresente "provas do que é declarado".
Ele não considera a hipótese de uso do benefício por Valério na Ação Penal 470, em julgamento pelo Supremo, mas apenas em outras ações que têm o publicitário mineiro como réu e estão em julgamento na primeira instância em Minas Gerais e em São Paulo, por exemplo.
- Qualquer depoimento de qualquer pessoa tem que ser visto com muita cautela porque essa colaboração não aconteceu no momento que seria adequado, na instrução penal (do processo do mensalão) - disse o procurador-geral.
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Agência O Globo
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