A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) afirmou, em Plenário, que uma possível flexibilização do modelo de partilha na exploração do petróleo da camada pré-sal, como sugere o PLS 131/2015, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), colocará em risco toda a política de crescimento do país.
Na quarta-feira, o Senado aprovou regime de urgência para analisar a proposta do senador José Serra, que acaba, por exemplo, com a obrigatoriedade de participação mínima de 30% da Petrobras na exploração de cada poço licitados. “Não se pode aceitar que um tema tão importante para o desenvolvimento econômico e social do país seja tratada com a urgência que estão querendo dar a essa matéria”, lamentou a senadora.
Para Fátima Bezerra, uma alteração nas atuais regras provocará não apenas um impacto drástico na Petrobras, mas no país como um todo, já que a empresa tem desempenhado importante papel para alavancar o desenvolvimento econômico e social do Brasil. “Não é à toa que a Petrobras vem sendo responsável, ano a ano, por mais de 20% de tudo o que se investe no País, gerando milhões de empregos, qualificação, tecnologia, liderança e soberania para o Brasil”, analisou.
Já está marcada para o próximo dia 30 sessão plenária temática do Senado para discutir a participação da Petrobras na exploração do Pré-sal.
Fátima espera que, no debate do dia 30, sejam ouvidos os argumentos não só de quem defende alterações no regime de partilha, mas também a Petrobras, o governo, os petroleiros, especialistas e todos aqueles que entendem que a mudança provoca um retrocesso e vai de encontro aos interesses da população brasileira.
“Nós esperamos que isso não signifique trazer apenas os concorrentes da Petrobras que estão interessados no fim da partilha, como a Chevron, que é muito próxima de alguns senadores, a Shell, a British Petroleum, entre outras petrolíferas interessadas em tirar do jogo a Petrobras, que tem como seu maior acionista o povo brasileiro”, enfatizou a senadora.
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