Em audiência concedida aos diretores da Confederação Nacional dos Artesãos do Brasil, acompanhados do senador Douglas Cintra (PE), o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, reafirmou apoio ao 7º Congresso Nacional que a categoria vai realizar, em Natal, entre os dias 19 e 21 de outubro.
O ministério também apoia propostas de qualificação de mão de obra para o artesanato através do Pronatec Turismo. “O artesanato é uma das atividades mais significativas dentro da cadeia econômica do Turismo”, disse Alves.
Até a realização do congresso, que deverá reunir mais de mil artesãos em Natal, Henrique Alves vai fazer gestões na Câmara dos Deputados para aprovação do projeto de lei (PL 7755/2010) que reconhece o artesão como profissional.
A luta da categoria pela regularização da profissão dura 35 anos. Ao longo desse tempo, 5 propostas foram arquivadas. O atual PL, já aprovado no Senado, avançou na Câmara com o apoio de Henrique Alves, enquanto presidia a Casa.
O projeto é terminativo nas comissões técnicas da Câmara dos Deputados. Se a matéria já aprovada nas comissões de Cultura e Educação, não sofrer alterações nas demais comissões que têm afinidade com o PL (Finanças e Tributação e Desenvolvimento Econômico), seguirá para sanção sem passar pelo Plenário. “O artesanato materializa nossa cultura. Precisamos do reconhecimento desses profissionais”, disse Isabel Gonçalves, presidente da Confederação dos Artesão (Cnarts).
A estimativa da Cnarts é de que 10 milhões de brasileiros vivam de atividades artesanais. No Rio Grande do Norte, segundo a presidente da Federação dos Artesãos do estado, Marcia Maria de Oliveira, são 50 mil profissionais vivendo da atividade, impulsionada pelo turismo local. “O turista vem em busca de sol, mar e paisagens, mas na volta para casa não leva água nem areia e sim o nosso trabalho em forma de artesanato”, lembrou.
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