Em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (28), a senadora Fátima Bezerra voltou a criticar as investidas de setores conservadores da oposição de desestabilizar o governo da presidenta Dilma.
A senadora lembrou que Dilma tem tempo suficiente até o final de seu mandato (2018) para vencer as
dificuldades econômicas, muitas delas advindas, em grande parte, da instabilidade política causada por setores da oposição que têm adotado atitudes de revanchismo e intolerância.
E alertou: “Em 2018, ano em que a oposição poderá tentar, mais uma vez, chegar à presidência, estaremos nas ruas para defender o nosso projeto de desenvolvimento com inclusão social. Quem sabe, até, com a volta do Presidente Lula”.
Até lá, a senadora espera que a oposição aja com bom senso e modifique esse comportamento do “quanto pior melhor” porque, como fez questão de destacar, “quem colocou a presidenta Dilma naquela cadeira foram os 54 milhões de votos que ela recebeu nas urnas”.
Fátima chamou de “pedaladas constitucionais e democráticas” as tentativas de reverter o resultado legítimo das urnas, buscando derrubar a presidenta da República a qualquer custo, sem nenhuma base legal, em um claro atentado contra o Estado Democrático de Direito.
Em sua argumentação, a senadora citou recente declaração do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, de que “abalar instituições para obter resultados políticos imediatos é um pouco como perder a alma imaginando que se está ganhando o mundo”.
Fátima enfatizou que o normal, em uma Democracia, é que primeiro ocorra um fato, esse fato passe pelo jugo do contraditório e do devido processo legal, para, somente aí, chegarmos, processualmente, a alguma conclusão sobre a responsabilidade de quem quer que seja.
“Até esse momento, reparem, o que vigora é o princípio da boa-fé e da presunção da inocência, mas o que vemos no Brasil hoje é a inversão total dessa regra: busca-se a todo custo argumentos para se justificar um impeachment”, destacou.