Nomeado pelo ex-presidente José Maria Marin ainda em 2013, o coronel Moacyr Alcoforado perdeu o cargo de chefe de segurança da Seleção Brasileira pouco mais de dois meses após a polêmica nos amistosos disputados em setembro.
À época, nos Estados Unidos, um pastor foi à concentração da equipe e realizou cultos na presença dos jogadores.
Missionário de Goiânia (GO), o pastor Guilherme Batista – que, de acordo com a comissão técnica, não teve sua entrada autorizada – postou vídeos e fotos em redes sociais agradecendo aos jogadores pela recepção.
O meia Kaká e o zagueiro David Luiz, com grande apego à religião, tiveram menções especiais nos comentários.
Nas fotos tiradas em um dos saguões do hotel em que a Seleção se hospedou, os atletas Alisson, Marcelo Grohe, Douglas Santos, Fabinho, Lucas Lima, Douglas Costa e Jefferson também posaram ao lado do pastor de 25 anos.
Até o técnico Dunga aparece em uma foto ao lado de Guilherme, que, segundo o treinador, se passou por um fã para conseguir o clique.
Revoltado com a tentativa de auto promoção do pastor, que até chegou a divulgar a foto em uma rede social se referindo a Dunga como “chefe”, o treinador rechaçou a atitude ainda em coletiva após os amistosos. Uma consequência definitiva do ato, no entanto, demorou mais de dois meses para acontecer.
“Dentro da Seleção as coisas são feitas com transparência. Temos uma sala onde os jogadores podem receber seus familiares ou pessoas mais de perto. Não que é nada proibido, mas na Seleção Brasileira não é local de exposição religiosa nem política”, declarou o treinador em nome da comissão técnica da Seleção.
Governador biônico de São Paulo nos tempos da Ditadura Militar, José Maria Marin – que hoje tenta acordo para ficar em prisão domiciliar enquanto aguarda julgamento nos Estados Unidos – nomeou Moacyr Alcoforado para substituir José Antonio de Almeida, que cuidou da Granja Comary durante mais de dez anos.
Gazeta Press
Nenhum comentário:
Postar um comentário