Lula mostra, a cada dia, como age a jararaca, como ele mesmo se intitulou. Depois de conversar com Dilma Rousseff, o petista se reuniu com aliados na casa do presidente do Senado, renan Calheiros.
Sem nunca descer do palanque nem se despir do figurino da vítima, Lula disse que está “pronto para a guerra”.
Refutou a possibilidade de virar ministro para escapar das mãos do juiz Sergio Moro e bateu no peito se dizendo disposto a assumir o risco.
Porém, num script conveniente a Lula, veio dos presentes a ideia para dar uma justificativa mais nobre à sua entrada no governo para garantir foro privilegiado.
E se sua chegada marcasse uma “virada de 180° no governo”, disseram os presentes? Inclusive na economia? Inclusive na concertação partidária?
Nessa condição de salvador da pátria, Lula diz que topa.
Resta, é claro, convencer Dilma Rousseff a, além de acolher um investigado no primeiro escalão e abdicar na prática da presidência, rasgar de vez o compromisso com o ajuste na economia que tratou de afundar.
Os presentes à reunião ficaram de fazer a ponte para fazer a proposta chegar a Dilma. Nesse caso, Lula tanto poderia ir para uma pasta no Palácio do Planalto quanto para o Ministério de Relações Exteriores.
ROL
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