Movimentos sociais, entidades sindicais e estudantis e alguns juristas protocolaram, nesta quinta-feira, 8, na Câmara dos Deputados, pedido de impeachment contra o Presidente da República, Michel Temer.
As entidades estavam acompanhadas por parlamentares da oposição e não foram recebidas pelo presidente da Câmara.
Para os autores do pedido de impeachment, Temer violou os princípios da probidade da administração pública, quando pressionou o então ministro da Cultura Marcelo Calero a liberar, por meio de uma intervenção no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), uma obra embargada de alto luxo, em Salvador, a pedido do então ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB-BA).
Eles também consideram que as condutas do presidente no caso Geddel-Calero indicam ainda a prática de outros crimes previstos na legislação penal.
“Temer praticou crime de responsabilidade e outros crimes de natureza penal. Ele não tem condição de estar na Presidência da República. Primeiro por não ter sido eleito e, segundo, por ter fortes indícios da prática de crimes. O Brasil ainda tem lei e justiça”, disse Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A falta de respeito do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e da mesa diretora da casa com as entidades e com os parlamentares foram alvo de protestos.
Após mais de uma hora, nenhum deputado chegou na sala da reunião da Presidência para receber as entidades, diferentemente do que ocorreu no pedido de impeachment da então presidente Dilma Rousseff. A peça foi recebida pelo secretário-geral da Mesa, Wagner Soares Padilha.
“ Esse ato revele o desprezo pela soberania popular por parte da Câmara dos Deputados, por meio de sua mesa diretora. É mais um motivo para continuarmos nossa luta por eleições diretas e para barrar essa agenda de retrocesso”, afirmou a senadora Fátima Bezerra.
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