quinta-feira, 28 de setembro de 2017

MPF quer bloqueio de contas do Dnocs para custear abastecimento de água de Currais Novos e Acari

Ministério Público Federal (MPF) apresentou à Justiça federal um pedido urgente para que bloqueie das contas do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) a quantia necessária para garantir o abastecimento d'água nos municípios de Currais Novos e Acari, localizados na região Seridó do Rio Grande do Norte.

De acordo com o MPF, o único reservatório de Currais Novos, o açude Dourados, entrou em colapso e a adutora emergencial sob responsabilidade do Dnocs, e que deveria estar funcionando plenamente desde fevereiro, ainda apresenta problemas e não vem garantindo o abastecimento nesses locais.

O valor a ser bloqueado será utilizado para inclusão dos dois municípios na Operação Vertente 2 - que faz uso de caminhões-pipa e é coordenada pelo Gabinete Civil do Governo do Estado.

As informaçõe s sobre a situação do açude Dourados foram repassados à procuradora da República Maria Clara Lucena, que vem acompanhando o caso, em reuniões realizadas nessa quarta-feira (27) com a diretora regional da Companhia de Águas (Caern), Rosy Gurgel, e com o prefeito de Currais, Odon Oliveira de Souza Junior. 

Eles acrescentaram o fato de que a adutora emergencial de responsabilidade do Dnocs apresenta vários vazamentos. 

Devido a esses problemas estruturais, as águas da adutora não estariam chegando a Currais Novos e vêm abastecendo “de maneira muito irregular” Acari, cujo principal reservatório - o açude Gargalheiras – também já entrou em colapso. 

O prefeito de Acari, Isaías de Medeiros Cabral, explicou que desde agosto o município depende exclusivamente da adutora e, embora a previsão fosse de chegar água dois dias por semana, a regularidade não tem sido essa. 

O motivo, de acordo com a Caern, também seriam os problemas no sistema adutor. Já as informações da Prefeitura de Currais Novos dão conta de que o município foi abastecido pela adutora uma única vez e, ainda assim, com água imprópria para consumo humano, “por conter muita ferrugem, possivelmente decorrente da má conservação/qualidade da tubulação empregada”.
G1-RN

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