terça-feira, 21 de novembro de 2017

Objetos de Elke Maravilha são postos à venda para ajudar família dela

Elke Maravilha, que morreu em agosto de 2016, sempre foi considerada uma das mulheres mais inteligentes do cenário artístico. E também uma das mais vaidosas. 

Famosa por seu visual extravagante, ela costumava causar em suas aparições públicas, sempre muito enfeitada. Parte do acervo que acumulou ao longo da carreira encontra-se à venda na internet, na página “Bazar Elke Maravilha”. 

Coordenada por Maurílio Domiciano, a página exibe peças como aneis, pulseiras, colares, botas, túnicas, adereços de cabeça e perucas. “Quando estava hospitalizada, Elke pediu ao irmão, Frederico, que organizasse um bazar para vender seus objetos. Como ela não tinha bens, preocupou-se em deixar algum conforto para ele”, conta Maurílio, acrescentando que Frederico atuou como secretário da irmã nos últimos anos. 

Os valores são combinados diretamente com os interessados, através de telefone ou email. Os preços dos aneis, por exemplo, variam de R$ 800,00 a R$ 8 mil. 

As perucas vão de R$ 200,00 a R$ 1,2 mil. Já os adereços de cabeça estão na faixa de R$ 1 mil. “Ela não tinha apartamento próprio, pagava aluguel, nunca teve carro, mas não abria mão de gastar dinheiro comprando seus enfeites. Era um compromisso que tinha com o seu público”, afirma o organizador. 

Maurílio explica que o comprador das peças vira uma espécie de “padrinho”. “Cada pessoa preenche uma ficha com seus dados e firma o compromisso de emprestar o objeto para uma eventual exposição. Não podemos nos desfazer totalmente desse material que ela tanta adorava”, completa. 

Mais velha de seis irmãos, Elke morava num apartamento alugado no bairro do Leme, na Zona Sul do Rio.

Depois de sua morte, Maurílio e Frederico fizeram uma reforma, que incluiu uma nova pintura (as paredes eram vermelhas) e reparos nas partes elétrica e hidráulica. 

“Não havia dinheiro para arcar com essa despesa, pois tivemos que devolver alguns cachês de presença vip que não puderam ser cumpridos. O valor da venda de alguns itens nos ajudou bastante”, revela o produtor. “Mas cada peça que sai, leva um pedacinho da Elke. Não pensem que é fácil fazer isso”, lamenta Maurílio. 
Extra

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