Pressionado pelos adversários a esclarecer se tinha ou não a pretensão, caso fosse reeleito para a Prefeitura de Natal em 2016, de renunciar ao mandato dois anos depois para concorrer ao Governo do Estado, Carlos Eduardo Alves (PDT) prometeu, durante a campanha, governar até 2020.
Já reeleito, o prefeito reafirmou a promessa. Em entrevista concedida à rádio 96 FM no dia seguinte à vitória nas urnas (4 de outubro de 2016), por exemplo, o pedetista sentenciou: “Sou candidato a ter foco administrativo nos próximos quatro anos”.
Menos de dois anos depois daquela entrevista, Carlos Eduardo parece ignorar a promessa. Na semana passada, em entrevista à mesma rádio, o prefeito mudou o discurso.
Agora, o pedetista já admite a possibilidade de renunciar ao cargo para disputar a sucessão do governador Robinson Faria (PSD), contrariando o compromisso firmado com o eleitorado durante a eleição.
A possibilidade de Carlos Eduardo deixar a Prefeitura para se aventurar em um pleito para o Governo desperta insatisfação até mesmo em natalenses que não costumam acompanhar a vida política da cidade. É o caso do segurança Paulo Sérgio, de 44 anos. “Particularmente, eu não costumo votar nas eleições, sempre aperto branco. Mas num caso como esse, eu acho errado”, opina.
Há quem considere válido o caminho que o prefeito quer percorrer, mas a aprovação não é necessariamente pelos méritos do atual gestor, e sim pela ansiedade da alternância de poder. “Quero que ele saia do poder e dê espaço a outro. Tentando o Governo do Estado, ele pode disputar e perder, ou seja, ficaria sem mandato. Precisamos de rotatividade”, afirma o auxiliar administrativo Anderson Lira, de 36 anos.
AGRN
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