A promotoria dos Estados Unidos pediu dez anos de prisão e uma multa de até R$ 26 milhões para o ex-presidente da CBF José Maria Marin, que já foi condenado por crimes de corrupção no país.
A informação consta de documento do Departamento de Estado na Justiça norte-americana. A defesa do ex-cartola requisitou sua liberação imediata, o que representaria cumprir 13 meses de prisão. A sentença sairá no próximo dia 22.
A alegação do Departamento de Estado dos EUA é de que Marin causou mais de US$ 150 milhões em prejuízo com seus atos. Seus crimes listados, pelos quais foi condenado, foram fraude eletrônica, conspiração e lavagem de dinheiro. Isso por receber propinas relacionadas aos contratos da Conmebol da Libertadores, da Copa América e da CBF, da Copa do Brasil.
No documento, os promotores afirmam: "Como exposto acima, Marin explorou sua posição como presidente da CBF para receber milhões de dólares em propina com a promessa de fazer milhões a mais." Em seguida, a procuradoria completa: "Ele cometeu esses crimes não por necessidade econômica, mas por cobiça."
O ex-presidente da CBF já cumpriu 13 meses de prisão, sendo cinco meses na Suíça. Não é contado, portanto, o período em que esteve em detenção domiciliar em seu apartamento nos EUA.
Neste caso, se a corte aceitar, Marin teria de ficar mais quase nove anos preso, sendo que tem 86 anos.
Por isso, sua defesa alega questões de saúde para que ele seja liberado. Mas a promotoria argumenta que ele tinha 79 anos quando cometeu os crimes, e levava uma vida ativa com viagens internacionais.
NM
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