Newton Ishii ganhou destaque no país ao ficar conhecido como 'Japonês da Federal', enquanto atuou durante a Operação Lava Jato.
Nesta quinta-feira (16), ele participou do programa 'Conversa com Bial', da TV Globo, e revelou ter trabalhado para a ditadura militar, na década de 1970.
Ishii confessou que atuou como espião durante o regime.
“Trabalhei, na época da ditadura militar, em diretório estudantil como infiltrado entre os estudantes. Frequentava as reuniões e depois passava as informações”, confessou.
No entanto, Ishii afirmou que prefere o período de democracia e declarou: "Tudo tem sua época. Mas democracia é essencial. Sou contra direita e esquerda".
O 'Japonês da federal' está aposentado e lançou uma biografia. Ainda em entrevista a Bial, Ishii lembrou de dramas pessoais, como o suicídio do filho, Eduardo, e a morte da mulher, Fátima.
Newton foi condenado em 2009 por facilitar a entrada de contrabando no país. Em junho de 2016, ele chegou a ser preso em virtude da Operação Sucuri, que descobriu envolvimento de agentes na entrada de contrabando pela fronteira, e passou a cumprir pena em regime semiaberto. "Cheguei a conduzir presos com tornozeleira eletrônica. Eu e o preso", recordou.
NM
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