O Rio Grande do Norte está enfrentando a pior seca da história. São seis anos de uma estiagem severa, quadro que prejudica, sobretudo, o abastecimento de água para a população. Em virtude disso, é preciso que todos estejam conscientes sobre a importância da racionalização de água a fim de evitar gastos desnecessários.
Com a chegada do Carnaval, esse cuidado deve ser maior, especialmente em cidades turísticas, que atraem pessoas de todas as partes (a exemplo de Natal), e aquelas que se encontram em situação de emergência.
Muitas famílias optam por comemorar o feriadão em casas de praia. Isso contribui para o aumento da utilização de água em piscinas e chuveiros.
O folião consciente deve abrir mão dos excessos e estar atento aos desperdícios, tomando banhos mais curtos, fechando a torneira quando necessário e sempre verificando se há vazamentos. Para se ter uma ideia, tomar banho continuamente e sem fechar o registro representa perda aproximada de 90 litros (casa) e 162 litros (apartamento), de acordo com dados da Sabesp.
Outras atitudes simples no dia a dia ajudam a reduzir consideravelmente os gastos de água. Não deixar a torneira ligada ao escovar os dentes, evitar a lavagem de calçadas, do carro ou até mesmo da rua são medidas que caracterizam o consumidor racional.
Embora o Carnaval exija atenção maior com relação ao consumo de água, essa preocupação com o meio ambiente deve ser constante. “O desperdício tem que ser combatido a todo momento. Isso deve fazer parte do costume e da cultura das pessoas”, afirma o gerente de Inovação Tecnológica e Controle de Perdas da Caern, Josildo Lourenço dos Santos.
Prática muito comum durante as festividades carnavalescas, o mela-mela, apesar de divertido, também pode resultar, indiretamente, no consumo desenfreado, uma vez que as roupas ficam sujas e exigem sucessivas lavagens. “Não é porque temos a aparente impressão de água em abundância que devemos exagerar. É preciso usá-la para o que é estritamente necessário”, acrescenta Josildo Lourenço dos Santos.
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