O presidente Jair Bolsonaro (PSL) publicou nesta quinta-feira (17) em suas redes sociais uma mensagem dizendo ser favorável à prisão após condenação de segunda instância. Mais tarde, no entanto, a publicação foi apagada.
"Aos que questionam, sempre deixamos clara nossa posição favorável em relação à prisão em segunda instância. Proposta de Emenda à Constituição que encontra-se no Congresso Nacional sob a relatoria da deputada federal Caroline de Toni (PSL-SC)", havia publicado Bolsonaro em sua conta no Twitter.
Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente e vereador na cidade no Rio de Janeiro, assumiu a autoria da mensagem e pediu desculpas pelo ocorrido.
"Eu escrevi o tweet sobre segunda instância sem autorização do presidente. Me desculpem todos!", escreveu o vereador na sua conta do Twitter. "A intenção jamais foi atacar ninguém! Apenas expor o que acontece na Casa Legislativa!", afirmou o vereador.
Foi a primeira vez que Carlos assumiu que atualiza redes sociais do pai.
A declaração de apoio do presidente, embora ele tratasse de um projeto legislativo, coincidiu com o início de julgamento sobre o tema pelo plenário do STF (Supremo Tribunal Federal).
A corte começou na tarde de quinta a analisar uma ação que está entre as mais esperadas dos últimos anos e que deve dar uma resposta definitiva sobre a constitucionalidade da prisão de condenados em segunda instância.
A responsabilidade pela atualização das redes sociais de Bolsonaro sempre foi alvo de questionamentos.
O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, nunca esclareceu quem tinha acesso às senhas do presidente, mas se limitava a dizer que a responsabilidade pelo conteúdo é dele. "O Twitter é de Jair Messias Bolsonaro, então, naturalmente, Jair Messias Bolsonaro é responsável por aquilo que é publicado. O presidente é responsável por aquilo que é publicado no Twitter", disse o porta-voz à imprensa em 8 de março deste ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário