O atual ministro da Justiça e Segurança pública, Sergio Moro, teria autorizado operações de busca e apreensão sem o pedido do MP (Ministério Público) quando era juiz da Lava Jato, segundo reportagem do site The Intercept Brasildivulgada neste sábado (19.out.2019).
Moro também teria indicado que objetos apreender durante a condução coercitiva do ex-presidente Lula, em 4 de março de 2016.
“Russo deferiu uma busca que não foi pedida por ninguém…hahahah. Kkkkk”, disse Luciano Flores, delegado da PF alocado na Lava Jato, em 1 dos grupos da força tarefa da Lava Jato.
Questionado sobre a situação, Flores diz que ele mesmo vai “ajeitar” as coisas: “Normal… deixa quieto…Vou ajeitar…kkkk”.
No caso da condução coercitiva de Lula, Moro, segundo as mensagens expostas, o então juiz pede cuidado ao apreender materiais do sindicato onde se encontrava o ex-presidente.
“Vai pedir pra apreender as caixas do sindicato?”, afirma o delegado Márcio Anselmo.
“Moro pediu parcimônia nessa apreensão. Acho que vale a pena ver exatamente o que vamos apreender”, disse o procurador Roberson Pozzobon em resposta.
Pozzobon sugere ainda que a equipe aguarde Moro dar seu aval à apreensão antes de prosseguirem com as ações. Entre 2015 e 2016, há pelo menos 9 citações a encontros envolvendo delegados da PF e Moro segundo o site.
Em resposta à reportagem a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba disse não reconhecer as mensagens que têm sido atribuídas a seus integrantes.
“O material é oriundo de crime cibernético e tem sido usado, editado ou fora de contexto, para embasar acusações e distorções que não correspondem à realidade. O site prejudica o direito de resposta ao não fornecer todo o material que diz usar na publicação”, respondeu a assessoria de imprensa.
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