Durante o anúncio de medidas de restrição à circulação de pessoas na orla da Lagoa da Pampulha e na Praça da Assembleia, nesta segunda-feira (6), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse não acreditar que as críticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao isolamento social completo alteram significativamente a percepção da população sobre a importância das determinações.
Ele classificou os críticos ao isolamento como pessoas “descoladas da realidade”.
Bolsonaro tem declarado, reiteradas vezes, ser favorável ao isolamento vertical, método que preserva apenas os grupos de risco, como os idosos, e libera o restante da população para sair às ruas.
O chefe do Executivo municipal destacou a importância de seguir as recomendações dos organismos mundiais de saúde.
“Se sua mãe estiver doente, você liga para o Mandetta ou para o Bolsonaro?”, perguntou Kalil, de modo enfático.
O prefeito lembrou que o restabelecimento das atividades rotineiras deve ser feito aos poucos. “Eles estão achando que vão abrir o comércio, vai todo mundo às ruas e as lojas irão encher. O mundo mudou. O fim do isolamento tem que ser feito com cuidado, copiando quem sabe fazer”, disse.
Kalil comparou o número de mortes em todo o globo por causa do coronavírus às perdas que os Estados Unidos tiveram durante a Guerra do Vietnã.
Os óbitos causados pela infecção já passam dos 65 mil, enquanto quase 60 mil soldados estadunidenses morreram no confronto, que ocorreu entre 1955 e 1975.
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