sábado, 13 de junho de 2015

Arena das Dunas foi o estádio da Copa que mais lucrou, diz estudo

Dos 12 estádios utilizados na Copa do Mundo, que completa um ano nesta sexta-feira (12), a Arena das Dunas foi o que mais lucrou. 

Segundo estudo divulgado pela Folha de S.Paulo, a maior praça esportiva do Rio Grande do Norte registrou um ganho de R$ 20 milhões. 

Além do estádio potiguar, apenas Mineirão, Beira Rio e Itaquerão apresentaram lucro, com base no balanço divulgado pelos órgãos que administram cada um dos 12 estádios do Mundial do Brasil. 

O levantamento explica, entretanto, que o lucro da Arena das Dunas só foi possível pelo fato de a OAS, empresa que administra a praça esportiva, incluiu no balancete R$ 105 milhões destinados ao pagamento do financiamento para a construção. 

A situação mais crítica é a do Maracanã, que registrou R$ 77,2 milhões de prejuízo em 2014 – no ano anterior, primeira temporada após a reforma, o rombo foi de R$ 48,3 milhões. 

Segundo especialistas, uma equação envolvendo a baixa qualidade dos jogos, os horários das partidas (muitas vezes, às 22h) e o alto custo de operação dos equipamentos modernos dos estádios explica esse déficit. 

Se o problema do Maracanã é a qualidade das partidas, em outros estádios o cenário é ainda pior. Arenas de Cuiabá, Brasília e Manaus tentam sobreviver sem uma agenda de jogos garantidos. 

O Mané Garrincha, cuja custo da construção passou de R$ 1 bilhão, tem custo mensal de R$ 600 mil, bancados pelo governo do Distrito Federal, e prejuízo anual de R$ 3,6 milhões. 

As principais rendas desse estádio vêm especialmente de jogos de clubes do Rio e São Paulo, quando esses times aceitam transferir as partidas para lá. 

Estádio que apresentaram lucro após um ano da Copa do Mundo: 

Arena das Dunas (Natal) – R$ 20 milhões 
Mineirão (Belo Horizonte) – R$ 16,9 milhões 
Arena Itaquerão (São Paulo) – R$ 11,4 milhões
Beira Rio (Porto Alegre) – R$ 9,2 milhões 

Estádios que apresentaram prejuízo após um ano da Copa do Mundo: 

Arena Pantanal (Cuiabá) – R$ 1,4 milhões 
Arena da Baixada (Curitiba) – R$ 1,5 milhões 
Arena da Amazônia (Manaus) – R$ 2,7 milhões 
Estádio Nacional Mané Garrincha (Brasília) – R$ 3,6 milhões 
Arena Fonte Nova (Salvador) – R$ 15,6 milhões 
Arena Pernambuco (Recife) – R$ 24,4 milhões 
Maracanã (Rio de Janeiro) – R$ 77,2 milhões 
Castelão (Fortaleza) – A empresa responsável confirmou o prejuízo, mas valor não informou o valor.

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