quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Apenas 8,4% dos denunciados na Lava Jato continuam, de fato, presos

Apenas 8,4% dos denunciados na Lava Jato continuam presos, o que significa 22 pessoas. Destas, mais da metade já foi condenada pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos em primeira instância. 

Os números foram divulgados pela força-tarefa da operação, nesta quarta-feira (25). De acordo com informações da Folha de S. Paulo, também há casos de presos preventivamente que ainda não foram condenados, a exemplo do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, do ex-ministro Antonio Palocci e do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. 

Desde março de 2014, quando teve início a investida contra crimes de corrupção, 79 foram presos, mas boa parte acabou sendo libertada, pois o juiz considerou que a soltura não representava risco à ordem pública. 

Muitos, porém, permanecem usando tornozeleiras eletrônicas ou estão impedidos de deixar o país. A força-tarefa já denunciou 260 pessoas, em cerca de 50 ações penais. 

Para os procuradores, é uma demonstração de que as prisões são usadas de forma “excepcional e parcimoniosa”. 

Quem continua preso: 

Adir Assad – empresário apontado como operador do esquema – condenado 

André Vargas – ex-deputado federal pelo PT – condenado 

Antonio Palocci Filho – ex-ministro da Casa Civil 

Carlos Emanuel de Carvalho Miranda – assessor de Sérgio Cabral 

Eduardo Cunha – ex-presidente da Câmara Eduardo 

Aparecido Meira – apontado como operador do esquema 

Flávio Macedo – apontado como operador do esquema 

Gim Argello – ex-senador – condenado 

João Cláudio Genu – ex-assessor do deputado José Janene – condenado 

João Vaccari Neto – ex-tesoureiro do PT – condenado 

Jorge Zelada – ex-diretor da Petrobras – condenado 

José Augusto Rezende Henriques – apontado como operador do esquema – condenado 

José Dirceu – ex-ministro da Casa Civil – condenado 

Leo Pinheiro – sócio da OAS – condenado 

Luiz Argôlo – ex-deputado federal pelo PP – condenado 

Marcelo Odebrecht – sócio da Odebrecht – condenado 

Paulo Adalberto Alves Ferreira – ex-tesoureiro do PT 

Pedro Corrêa – ex-deputado pelo PP – condenado 

Renato Duque – ex-diretor da Petrobras – condenado 

Rodrigo Tacla Duran – advogado apontado como operador do esquema 

Sérgio Cabral – ex-governador do Rio 

Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho – assessor de Sérgio Cabral 
Folha

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