A forma como o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub deixou o país, no último fim de semana, dando a aparência de uma “fuga”, criou constrangimentos para o Palácio do Planalto, disse um assessor do presidente Jair Bolsonaro ao jornalista Valdo Cruz, do G1.
Por esse motivo, o presidente pode não apoiar a renovação do mandato de Weintraub no cargo de diretor-executivo do Banco Mundial, em Washington, nos Estados Unidos.
O ex-ministro foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o cargo, cujo mandato vai até outubro.
Abraham Weintraub viajou às pressas aos Estados Unidos e teria entrado no país com passaporte diplomático, na condição de ministro, o que levantou críticas de que o governo brasileiro teria dado “cobertura” para uma “saída sorrateira” dele do país.
Nesta terça-feira (23), o presidente retificou a data de demissão do ex-chefe da Educação inicialmente publicada no Diário Oficial da União como dia 20 de junho e estabeleceu que a exoneração passou a valer na sexta-feira (19).
Ele teria sido exonerado então antes de chegar a Miami, nos Estados Unidos, o que pode levantar questionamentos se ele está de forma ilegal no país. Há dúvidas sobre como ele entrou em território americano com as restrições impostas a passageiros que chegam do Brasil em meio à pandemia do coronavírus.
Na sexta-feira, o senador Fabiano Cantarato (Rede-ES) havia protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de apreensão do passaporte de Weintraub para evitar que ele saísse do Brasil.
O Ministério Público que atua junto ao Tribunal de Contas já solicitou apuração se houve participação do Itamaraty na ida do ex-ministro aos Estados Unidos. Para o Subprocurador Lucas Furtado, a alteração na data de exoneração de Weintraub “confirma a fraude”.
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