sábado, 13 de junho de 2009

Ex-diretor do Senado, potiguar Agaciel Maia diz que é bode expiatório

Afastado há quatro meses da Diretoria Geral do Senado, cargo que ocupou por 14 anos - desde a primeira gestão de José Sarney (PMDB-AP) na presidência da Casa -, o potiguar Agaciel Maia diz em entrevista ao Jornal carioca o Globo que está sendo perseguido e avisa que não admitirá ser responsabilizado por qualquer decisão administrativa que não tenha sido publicada ao longo dos últimos dez anos. Até porque, acrescenta o ex-diretor em tom de ameaça, a maioria desses atos secretos, que podem passar de 500, foi fruto de decisão colegiada da Mesa Diretora, como é o caso da criação de novos cargos, e nenhuma nomeação ou exoneração de servidor foi assinada por ele.

Reportagem de Adriana Vasconcelos publicada na edição deste sábado do Globo mostra que para Agaciel ninguém no Senado pode alegar que não sabia. Na terça-feira, quando os atos secretos foram revelados, Sarney disse que não tinha conhecimento desses procedimentos, apesar de um deles ter sido referente a um de seus netos.

"Todo-poderoso da área administrativa no Senado até perder o posto este ano, Agaciel não perdeu a amizade dos poderosos. A cerimônia religiosa do casamento de sua filha, na última quarta-feira, contou com a presença de vários senadores, sendo três ex-presidentes da Casa : Sarney, um dos padrinhos, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Garibaldi Alves (PMDB-RN). Com um histórico de familiares empregados no Senado antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o fim do nepotismo, no ano passado, Agaciel nega que tenha favorecido seu atual genro, Rodrigo Cruz, com a nomeação, em 2002, por um ato secreto".

No fim, Agaciel disse estar sendo bode expiatório.
"Não sei por que essa perseguição implacável contra mim. Alguém precisa apresentar um papel, uma prova de que fiz algo errado. Até agora todas as denúncias feitas contra mim foram desmentidas, desde a mansão que alegaram que não estava em meu nome até as empresas das quais disseram que eu seria sócio. Agora querem atribuir a mim esses ditos atos secretos".

Fonte: Diário de Natal

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