Acho pouco provável que os vereadores desaprovem as contas do último ano de gestão do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT).
Por mais que se questione alguns atos considerados ilegais - uso de recursos extraorçamentários e alteração na folha de pessoal fora do prazo - praticados pelo ex-prefeito, o risco de desaprovação é quase zero.
Nem os vereadores contrários a Carlos Eduardo acreditam que a maioria do plenário da CMN desaprove as contas do pedetista. Por um motivo simples: Carlos Eduardo não é cachorro morto para ser chutado e, queiram uns e outros não, lidera as pesquisas de opinião com boas chances no pleito.
Poucos terão coragem de se indispor com um candidato que pode se eleger em outubro. O pragmatismo da maioria deverá prevalecer.
Os vereadores estão mais preocupados com a própria reeleição. E cinco deles, condenados na Operação Impacto, estão mais atentos aos recursos e efeitos da Ficha Limpa. Não há clima para enfrentamento com quem quer que seja.
Ainda mais Carlos Eduardo que vira Alves numa situação dessas. Desde a semana passada são fortes os rumores que Garibaldi Alves Filho, do PMDB, se movimenta para garantir o apoio à aprovação das contas do primo, a pedido do Tio Agnelo. Sangue é sangue. E para afastar o perido, toda a ajuda é bem-vinda.
Em caso de desaprovação, Carlos Eduardo ainda pode judicializar eventual decisão que possa lhe prejudicar no ano eleitoral.
Portanto, na minha opinião, Carlos Eduardo corre risco zero nessa história de prestação de contas, que só serve de fofoca nessa fase de pré-campanha. Trata-se de uma falsa polêmica. Repito: o ex-prefeito corre risco zero de ficar inelegível por causa das contas do último ano do seu mandato.
O assunto está na Comissão de Constituição e Justiça da CMN. Depois segue para a de Finanças e para o plenário. Até chegar ao plenário, haverá muito disse me disse, uma ameaça aqui outra acolá, mas de concreto, nada.
Diógenes Dantas
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