O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, deu uma entrevista neste final de semana para o jornal O Estado de S. Paulo na qual o ex-integrante do PSL criticou as medidas adotadas pelo governo, inclusive a indicação de Eduardo Bolsonaro para assumir a embaixada brasileira em Washington, nos EUA.
“Se o Eduardo não tivesse o papai como presidente da República, ele teria a mínima chance de ser indicado para alguma embaixada no planeta Terra? Óbvio que não”, disse.
Bebianno foi um dos responsáveis pela campanha presidencial de Bolsonaro e esteve ao lado do pesselista durante toda a corrida.
Com um contato direto com os filhos do presidente, o ex-ministro diz que Eduardo é um garoto mimado, que está querendo o cargo por puro capricho. “É um rapaz que tem uma formação acadêmica muito frágil, é inexperiente, muito imaturo e mimado. É um capricho dele perante o pai, e o pai está atendendo”, completa.
A saída de Bebianno se deu após uma briga entre ele e o filho 02 do presidente, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro. E quando questionado sobre o apoio incondicional de Bolsonaro ao filho, o ex-ministro dispara: “O Carlos nunca moveu uma palha, a não ser escrever baboseira nas redes sociais. Carlos sempre atrapalhou.”
Sobre sua saída e a recente expulsão de Alexandre Frota do PSL, ambos considerados fieis escudeiros de Bolsonaro, Bebianno afirma que vê essas decisões com um “viés autoritário” do presidente e que Bolsonaro atira em seus soldados pelas costas. “Algumas pessoas dizem que o Jair tem deixado seus soldados para trás. Acho que é muito pior. Acho que ele próprio atira nos seus soldados. E pelas costas”, afirmou.
“Não é só a demissão, mas a forma como se faz. Sempre de maneira desrespeitosa, jocosa, provocativa, tentando denegrir a imagem do outro. Pode escrever aí, o presidente vai se tornar um homem solitário com o passar do tempo porque os que ficam são os fracos e esses são os primeiros a pular fora na hora da turbulência.”
O ex-ministro afirmou que pretende concorrer ao cargo de prefeito do Rio de Janeiro e que irá se candidatar pelo PSDB ou pelo DEM, ambas siglas que já fizeram um convite para filiação de Bebianno.
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