Sergio Moro se tornou o centro das atenções a partir do vazamento de diálogos da The Intercept, no começo de junho. Nesta quarta-feira (08), em entrevista à Istoé, o Ministro da Justiça afirmou que o principal objetivo da divulgação desse material é "claramente soltar Lula".
"Está claro que um dos objetivos é anular condenações, entre elas a de Lula", afirmou Moro. O ministro voltou a dizer que não reconhece a autenticidade do material. "Existe uma investigação da Polícia Federal referente ao hackeamento criminoso. Há pessoas presas por isso. Viu-se uma grave violação de privacidade, não só minha, mas de diversas outras autoridades. O que eu tenho dito desde o começo da divulgação é que não há como reconhecer a autenticidade das mensagens, porque eu não as tenho mais."
O ministro criticou novamente o "sensacionalismo" que ele diz ver na divulgação das mensagens pelo The Intercept. "Agora, o que eu vi das mensagens divulgadas, tirando todo o sensacionalismo realizado, é que não há nenhuma ilegalidade ou postura antiética de minha parte", defendeu-se.
Questionado acerca das implicações que a divulgação pode trazer a reputação da Lava Jato, o ministro valorizou a operação. "Claro que traz uma celeuma desnecessária. Mas se formos analisar de maneira objetiva o que foi feito, os diversos processos, os casos de corrupção identificados, as responsabilizações, veremos que foi algo inédito na história do País", ressaltou dizendo que a operação acabou com a tradição de impunidade no Brasil.
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