sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Capitã Cloroquina, a última novidade nas eleições brasileiras


Regina Bento Sequeira adotou nomes de heroína para ganhar superpoderes nas urnas. Ela falhou oito vezes. Agora, em sua nona participação eleitoral no país, se autodenomina Capitã Cloroquina, em uma estratégia tão controversa para atrair eleitores quanto o medicamento para supostamente tratar a covid-19.

Poucos dias antes das eleições municipais de 15 de novembro, Regina, uma advogada de 59 anos, já se reconhece como perdedora. "Você tá brincando?", diz, rindo. "Quem vai ganhar? Os mesmos!", conta à AFP de sua casa na Barra da Tijuca, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde concorre ao cargo de vereadora.

Com poucos recursos para sua campanha e sem o apoio de máquinas partidárias, Regina é uma das muitas candidatas no Brasil que opta por um apelido ou personagem bizarro para ganhar votos nas eleições desse país desigual. 

"Desde que sou candidata, em 2004, sempre procuro chamar a atenção, porque é a única forma de aparecer. (...) Não tenho trabalho político, não tenho apoio, não tenho dinheiro. Por isso eu escolhi esse caminho", afirma a candidata.

 

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