Os comandantes do Exército, general Edson Pujol; da Marinha, almirante Ilques Barbosa Júnior, e da Aeronáutica, brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez, também avaliam entregar seus cargos.
O pedido de demissão é uma resposta à saída do ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva.
Os três comandantes têm demonstrado, nos bastidores, extrema irritação com a forma “personalista” como o presidente Jair Bolsonaro vem tratando as Forças Armadas. A insatisfação maior é no Exército.
Nesta segunda-feira (29), o presidente Bolsonaro pediu a exoneração do general Pujol para o então ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Silva se negou a entregar a cabeça do general Pujol e pediu para deixar a pasta.
Durante a condução da pandemia, Bolsonaro, por diversas ocasiões, chamou as Forças Armadas de “meu Exército”. Isso tem incomodado o alto comando militar.
Além disso, os integrantes de Exército, Aeronáutica e Marinha vem buscando, nos bastidores, distanciar-se ao máximo da forma como o governo tem tratado questões centrais, como a pandemia do novo coronavírus, por exemplo.
A questão, porém, deve ser definida apenas após uma primeira conversa com o próximo ministro da Defesa, o general Braga Netto. Apesar de ser mais alinhado com Bolsonaro, Braga Netto é bem avaliado entre os militares.
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