sábado, 27 de março de 2021

Mineiro: “Rogério Marinho e Fábio Faria estão disputando quem agrada mais o bolsonarismo e, para isso, precisam mentir”


O coordenador da programa Pacto pela Vida Fernando Mineiro criticou as declarações do ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho a uma rádio de Apodi na sexta-feira 26 sobre os repasses federais enviados ao Rio Grande do Norte para o combate à pandemia. 

Segundo Marinho, com os recursos seria possível instalar 4,5 mil leitos de UTI. Em entrevista à Agência Saiba Mais, Mineiro repreendeu a postura de Marinho, bem como do ministro das Comunicações, Fábio Faria, já que, segundo o petista, os dois vêm travando uma disputa por um lugar no coração de Jair Bolsonaro e também do bolsonarismo. 

A briga, na avaliação de Mineiro, é pelo apoio do presidente da República à candidatura ao Senado Federal em 2022. No próximo ano, só uma vaga estará em disputa no Rio Grande do Norte. 

“Rogério Marinho e Fábio Faria estão disputando um gincana interna pra ver quem mais agrada o chefe para ser candidato a senador pelo bolsonarismo. E para isso precisam mentir. Querem disputar para ver quem é o 05. E têm que agradar do 00 (Jair Bolsonaro) até o 04 (o filho mais novo, Renan Bolsonaro). Por mim eles podem continuar com esse tipo de disputa, agora só não prejudiquem o povo. Não alimentem o ódio. Que se resolvam para lá”, disparou em matéria publicada pela agência neste sábado 27.

“Rogério Marinho mistura alhos com bugalhos pra confundir, o que faz jus ao papel e à história dele no Rio Grande do Norte. Agora RM pode enganar os outros lá fora, aqui no Estado ele já é bastante conhecido. O que o Governo Federal enviou foram obrigações constitucionais que já viriam para o Estado, independente se fosse Bolsonaro ou Lula. E além dessas obrigações, há recursos fruto do orçamento de guerra aprovado pelo Congresso Nacional, com critérios objetivos de repasse que estão sendo transferidos para todos os Estados, e não apenas para cá. A prestação de contas, as auditorias que são feitas por órgãos do próprio Governo Federal, como a Controladoria-geral da União, colocam o RN num alto grau de transparência no uso e aplicação de recursos no combate a Covid”, explicou.

Sobre os 4,5 mil leitos que Marinho disse que seria possível comprar com os recursos federais enviados para o Estado, o petista ironizou reforçando que as transferências vieram por rubricas fixas: 

“Quantas doses de vacinas ele, como ministro, conseguiu para o povo do Rio Grande do Norte? E pergunto também: quantos leitos de UTI dariam pra comprar com os recursos que ele arranjou para enfrentar a pandemia? Mas sei da resposta: Não daria pra comprar nenhum porque ele não trouxe nenhum recurso extra pra enfrentar a pandemia no RN”, encerrou.

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