A defesa do tenente da Polícia Militar Iranildo Félix, principal suspeito de matar a tiros o professor e lutador de MMA Luiz de França Trindade, de 25 anos, assassinado no último dia 10 na calçada de uma academia na zona Sul de Natal, quer que ele seja protegido por uma escolta policial.
A advogada Brenda Martins afirmou que vai solicitar uma proteção especial para o oficial diretamente ao secretário estadual da Segurança Pública Aldair da Rocha. Ela teme pela vida de Iranildo. O tenente nega qualquer participação no crime.
“Ele está sem proteção nenhuma e já sofreu dois atentados. No lugar da PM oferecer proteção, foram retirados o colete e a arma dele. A Polícia Militar está querendo dar uma resposta à sociedade com a vida do tenente", afirmou Brenda.A advogada disse que procurou o comando da corporação para solicitar escolta para o tenente, mas o comando teria se recusado a receber o ofício.
"Hoje à tarde, vou procurar o secretário de segurança e vou pedir pessoalmente uma escolta para o tenente”, acrescentou.
O comandante geral da PM, coronel Francisco Araújo, nega ter recebido qualquer ofício da advogada. "Ela não me procurou. Pode ter procurado o comando, que é toda a PM, mas ela não me procurou", afirmou Araújo. "Ele, o tenente Iranildo, me procurou na semana passada querendo uma arma e um colete.
Como ele está de licença médica e não pode portar arma de fogo, neguei o pedido", acrescentou o comandante.
Namorada do PM nega envolvimento com o lutador assassinado
A advogada Brenda Martins assumiu a defesa do tenente Iranildo Félix após a advogada Juliana Melo abandonar o caso. Juliana alegou que estava com medo de morrer.
A primeira vez que Brenda falou em nome do oficial foi na manhã desta quarta, quando acompanhou Valéria Alexandre Cortês, namorada do tenente, em depoimento à polícia.
Valéria foi ouvida pelo delegado Sílvio Fernando, que investiga o assassinato do lutador. Ela não gravou entrevista. Porém, por meio da advogada, negou que tenha tido qualquer envolvimento com Luiz de França.
De acordo com o delegado, a possibilidade de o crime ter sido passional é uma das linhas de investigação. A outra possível motivação para o homicídio seria uma desavença entre o PM e o lutador.
"Posso afirmar que não existe nenhuma possibilidade de crime passional, como já foi levantado”, disse a advogada.
Quanto ao eventual desentendimento, Brenda declarou:
"O inquérito é inquisitório. Não há absolutamente nada que ligue o meu cliente ou a Valéria ao caso. Nem a arma, nem a roupa. O caso se tornou midiático. Então a polícia está querendo criar um situação onde o Iranildo se torne o suspeito, sob a alegação desse desentendimento entre os dois”.
G1-RN
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