O Papa Francisco elogiou nesta terça-feira os benefícios de compartilhar a riqueza com os pobres e advertiu que condições sociais injustas, como o desemprego, podem levar ao pecado, à ruína financeira e, inclusive, ao suicídio.
Em sua primeira mensagem pela Quaresma, o Pontífice pediu aos católicos que se comprometam a aliviar as várias misérias que afligem o homem contemporâneo, da material à moral e espiritual.
Francisco disse que não é suficiente fazer a caridade.
Ele defendeu uma distribuição de renda mais justa e acesso igualitário à saúde e educação.
“É necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade, ao ato de compartilhar”, disse o Papa.
“Não esqueçamos que a verdadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem essa dimensão de penitência. Desconfio da esmola que não custa ou não dói.”
A Quaresma é o período que antecede a Semana Santa e a Páscoa, quando os cristãos recordam a morte e a ressurreição de Cristo.
Em sua mensagem para o período que vai da Quarta-Feira de Cinzas até a Páscoa, o Papa disse que os cristãos têm o dever de ajudar os que sofrem com a pobreza moral, como os que são “servos do álcool, das drogas, do jogo e da pornografia”.
Durante a Quaresma, que neste ano começa em 5 de março, os cristãos são orientados a se submeterem a privações e ajudarem os menos afortunados.
Francisco, que quando arcebispo de Buenos Aires era conhecido por visitar bairros humildes, disse que as feridas da pobreza “desfiguram o rosto da Humanidade” e estão gritando para serem curadas.
O Globo
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