segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Quatro anos após tiro, Cabañas vira padeiro e acusa mulher de golpe

Quatro anos após ter levado um tiro na cabeça, o paraguaio Salvador Cabañas diz ter perdido todo seu dinheiro para a esposa, María Lorgia Alonso, e vive atualmente como padeiro em sua cidade natal, Itaguá, a 30 quilômetros de Assunção, ajudando os pais na padaria da família. 

A história foi revelada pelo ex-atacante à agência AFP. De acordo com Cabañas, María vive na luxuosa mansão comprada pelo ex-jogador na capital do Paraguai, avaliada em US$ 5 milhões, com os dois filhos do casal. 

O carrasco de Flamengo e Santos na Libertadores de 2008 afirmou estar separado de María, que teria tido a ajuda de um advogado e do empresário do ex-jogador, José González, para aplicar um golpe e ficar com sua fortuna. 

- À medida que o tempo passa eu vou me dando conta de muitas coisas... Até o advogado se vendeu para eles. Ela (María) diz que o dinheiro acabou - disse Cabañas, revelando que chegou a assinar documentos usando a impressão digital a pedido da esposa. 

Sem dinheiro, o ex-jogador se mudou para a casa dos pais (Dionisio e Basilia Cabañas) e acorda diariamente às 4h para ajudar no negócio da família, uma padaria. 

No dia 25 de janeiro de 2010, o então atacante do América do México levou um tiro na cabeça, dentro do banheiro do "Bar Bar", na Cidade do México.

- Quando aquilo aconteceu, eu havia assinado um pré-contrato por US$ 1,7 milhão para uma transferência para a Europa. Me falaram que o destino seria o Manchester United. O América me segurou, me dera um apartamento em Acapulco e outro em Cancún, dobraram meu salário...

O pai do ex-jogador também acusa a esposa do filho de ter dado um golpe para ficar com o dinheiro acumulado na carreira: 

- Ele foi vítima duas vezes. Acabaram com sua vida profissional no melhor momento de sua carreira e depois se aproveitaram dele, sua própria esposa, seu representante e seu advogado - disse Dionisio. 

Apesar dos problemas, Cabañas respondeu com bom humor ao ser questionado sobre sua principal lembrança do futebol: o apelido "Gordinho" dado pelos torcedores brasileiros quando fez sucesso ao eliminar o Flamengo na Libertadores de 2008. 

- Algum tempo depois joguei pela seleção paraguaia e vencemos o Brasil, em Assunção, com um gol meu pelas eliminatórias. Antes da partida de volta, no Brasil, a imprensa publicou: "Cuidado com o Gordinho". Achei muita graça. 
G1

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