O comitê de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) criticou o Vaticano por adotar políticas que permitiram que padres estuprassem e molestassem dezenas de milhares de crianças e pediu a abertura de arquivos sobre pedófilos e clérigos que ocultaram seus crimes.
Em relatório publicado nesta quarta-feira, o comitê da ONU também faz severas críticas à Santa Sé por suas atitudes em relação ao homossexualismo, à contracepção e ao aborto e pediu que a igreja revise suas políticas para garantir os direitos das crianças e seu acesso à saúde.
O comitê publicou suas recomendações depois de submeter a Santa Sé a uma interrogatório, no mês passado, a respeito a implementação pela igreja da Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança, o principal tratado internacional que assegura dos direitos das crianças.
Resposta da Igreja
O Vaticano afirmou nesta quarta-feira que estudará minuciosamente as críticas publicadas no relatório das Nações Unidas do Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança, mas denunciou que "em alguns pontos" há uma "tentativa de interferir nas doutrinas da Igreja".
O Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança criticou hoje o Vaticano por nunca ter reconhecido "a amplitude dos crimes" de abuso sexual contra crianças por parte de sacerdotes, e acusou o Estado católico de adotar "políticas e práticas que levaram à continuação de abusos e à impunidade dos responsáveis.
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