Por estranho que pareça, os analistas de pesquisas eleitorais acantonados em Natal não registraram estes dias um tendência que parece estar se definindo, em relação à sucessão da prefeita Micarla de Souza, presidente regional do PV, através de sondagens legalmente divulgadas na mídia natalense.
É a de que os eleitores já inclinados por nomes de candidatos tendem a empurrar para o segundo turno a escolha do governante.
Diferentemente da primeira sondagem autorizada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), aquela que o instituto Consult realizou a pedido do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon), a terceira sondagem do ano, divulgada nesta segunda-feira, 16, ontem, pelo Start, através da rádio Reis Magos, a FM 96, mostrou que o advogado, ex-prefeito e ex-deputado estadual Carlos Eduardo Alves, presidente regional do PDT, não tem 50,1% das intenções de votos em Natal.
Esta é também a situação em que o expôs o instituto Certus, que projetou os resultados de seu primeiro levantamento deste ano, mercê da legislação eleitoral em vigor, no último domingo, 15, anteontem.
Mais do que isto, as três sondagens revelam uma situação delicadíssima para Carlos Eduardo. De modo geral, seu eleitorado em Natal cresceu nos últimos anos como demonstração da reprovação dos munícipes à gestão de Micarla. O cruzamento de números das pesquisas mostram, entretanto, que não há uma aprovação por mérito. Ele passa a crescer na medida em que Micarla míngua, porque entre os nomes oferecidos é o mais anti-Micarla, em virtude de uma tentativa de bipolarização da política natalense na qual os dois investiram como se tivessem combinado entre si.
Isto significa dizer que se de repente entrar no páreo um nome que em determinadas circunstâncias tivesse personificado melhor a oposição a Micarla, Carlos Eduardo poderia começar a despencar acentuadamente do primeiro turno para numa segunda época depender de algo que lhe falta, a capacidade de atrair e aglutinar forças concorrentes.
Roberto Guedes.
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