William Bonner é mais um famoso alvo de ofensas vindas de perfis fakes na internet. O jornalista usou seu Instagram nesta quinta-feira (1) para fazer um longo desabafo, denunciando o que considerou abusivo: um usuário, ou usuária, que criou 23 contas diferentes para insultá-lo na rede social.
A declaração veio à tona depois que o jornalista postou uma foto do seu pai, William Bonemer, morto em novembro de 2016, e foi xingado nos comentários da homenagem.
Leia a declaração:
A pessoa me insulta desde o anúncio do fim de meu casamento, há ano e meio. Eu a bloqueio.
A pessoa cria outro perfil. E insulta meus seguidores em comentários infantis, mas grosseiros. Eu bloqueio.
A pessoa cria outro perfil. Manifesta o desejo de que eu morra. E de forma lenta e dolorosa.
Alguns seguidores ficam horrorizados, envolvem-se em discussões, acabam sendo desrespeitados. Eu a bloqueio. E bloquearei sempre. É do jogo.
E a pessoa cria mais um perfil pra ultrapassar todos os limites, ao desrespeitar um registro da memória de meu pai. É muito feio. É perverso. Doentio.
Eu bloqueio mais uma vez. A vigésima-terceira, se não errei as contas. Talvez tenha sido a vigésima-nona.
Mas compartilho uma preocupação.
Será que essa criatura tem alguma interação com seres humanos no mundo real? Ou se trata de alguém profundamente doente e só?
Será que essa agressividade desmedida se esgotará sempre no ambiente caótico de um espaço pra comentários? Ou devo dar atenção à ameaça de me agredir fisicamente na rua?
Será que sou o único alvo da ira patológica dessa pessoa? Ou ela cria perfis fakes seguidamente pra perseguir outras?
A gente costuma acreditar que o desprezo é a arma adequada contra haters.
Mas, hoje, ao me deparar com os comentários na foto de meu pai, essas questões todas ganharam dimensão, pra mim. E achei que talvez fosse o caso de provocar alguma reflexão entre os que acham que pra tudo existem limites. Ou deveriam existir.
NM
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