A Procuradoria do Rio Grande do Norte afirmou que o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) recebeu “valores ilícitos” da empreiteira OAS por meio da conta do então vice-presidente Michel Temer durante a eleição de 2014.
A informação foi usada pelo Ministério Público Federal (MPF) para pedir a prisão preventiva de Alves, que foi cumprida nesta quarta-feira na Operação Manus, dada a sua proximidade com o agora presidente da República.
A procuradoria incluiu nos autos a triangulação do repasse de 500.000 reais, que foi feito via caixa 1. Pelos extratos da prestação de contas, o valor caiu na conta de Temer tendo como doador a OAS SA, em 11 de setembro de 2014.
No mesmo dia, a soma foi transferida para o diretório estadual do PMDB do Rio Grande do Norte — naquele ano, Alves que já foi presidente da Câmara e deputado por onze mandatos disputou o governo, mas perdeu.
Alves foi preso sob suspeita de receber pelo menos 7,5 milhões de reais de propina para favorecer empreiteiras, entre elas a OAS e Odebrecht. Uma das obras investigadas seria a da Arena das Dunas, que foi erguida para sediar jogos da Copa do Mundo em 2014.
No mesmo pedido, a procuradoria diz que, mesmo depois de ter renunciado ao cargo de ministro do Turismo, Alves continua a “exercer intensa atividade política em âmbito nacional”.
Como argumento, o MPF citou viagens “constantes” com “periodicidade semanal” de Natal a Brasília de junho de 2016 a abril de 2017.
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