Os índices de violência em Natal chegaram a níveis tão alarmantes que a capital do Rio Grande do Norte já é a 12ª no mundo entre as mais violentas.
O dado é resultado de uma pesquisa da ONG (organização não governamental) Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal, do México, divulgada neste mês de janeiro.
O estudo utiliza taxas de homicídio do ano de 2013 para classificar as cidades como mais ou menos violentas.
O estudo utiliza índices de população e de homicídios de estatísticas oficiais dos governos locais de cidades com mais de 300 mil habitantes.
Segundo a pesquisa, Natal teve uma média de 57,62 para cada grupo de 100 mil habitantes.
Os números colocam a capital potiguar como a quarta mais violenta do país, segundo a pesquisa. Para a deputada estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos na Assembleia Legislativa, Márcia Maia, os números da capital são apenas uma prova da violência em todo o RN.
A informação, segundo ela, é comprovada por outro estudo, este, produzido no RN.
“Um estudo realizado pelo pesquisador e especialista em Políticas Públicas e Gestão em Segurança, Ivênio Hermes, mostra um crescimento de 80,83% do número de pessoas assassinadas entre 2011 e 2013, os três primeiros anos da administração Rosalba Ciarlini.
Em números exatos, nosso estado saiu de 908 homicídios em 2011 para mais de 1600 mortes em 2013”, afirmou a parlamentar.
Márcia ressalta que além dos homicídios, a violência no RN têm se representado de outras formas, como assaltos, roubos, arrombamentos.
“Todos têm histórias para contar por terem sido vítimas ou conhecerem alguém que acabou vítima de algum tipo de violência. Sem nenhuma política eficaz de segurança pública, a violência homicida encontrou no Rio Grande do Norte um oásis de impunidade”, lamentou.
A deputada tem cobrado a convocação dos 824 concursados da Polícia Militar, reestruturação da Polícia Civil e que participou da elaboração de um relatório sobre a segurança pública do Rio Grande do Norte entregue ao Ministro da Justiça e ao Governo do Estado com sugestões para minimizar a crise na segurança. “Todas as sugestões acabaram ignoradas pelo Governo do Estado”, disse.
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