segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Polícia posiciona atiradores de elite em cerco a sequestrador em Brasília

A Polícia Civil informou que atiradores de elite foram posicionados e aguardam autorização para disparar contra o homem que invadiu o hotel Saint Peter no centro de Brasília na manhã desta segunda-feira (28) e fez um mensageiro de refém. 

A corporação não quis informar o número de atiradores ou o total de policiais envolvidos na operação.O sequestrador colocou um colete, supostamente com dinamite, no funcionário. 

"Temos 98% de certeza de que são explosivos", disse o delegado Paulo Henrique Almeida. Nas imagens do refém, é possível ver que o colete tem uma fileira de objetos cilíndricos. Se for mesmo dinamite, a carga tem capacidade para danificar a estrutura do hotel, segundo a polícia. 

"Ele nos deu um prazo para atender às exigências dele – saída da [presidente] Dilma, extradição de Cesare Battisti e aplicação efetiva da Lei da Ficha Limpa – e esse prazo está acabando. Ele disse que vai explodir, caso não o atendamos." 

Almeida afirmou que não vai dizer qual é o prazo dado pelo sequestrador, mas informou que é inferior a seis horas. 

Cesare Battisti é um ex-ativista italiano que, condenado por terrorismo, fugiu para o Brasil. Em 2009, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu pela não extradição de Battisti.

De acordo com testemunhas, o sequestrador fez o check-in por volta das 8h30. Às 8h40, subiu para o 13º andar e bateu de quarto em quarto mandando os hóspedes descerem e informando que se tratava de uma ação terrorista. 

Um publicitário de Ribeirão Preto (SP) que está no Distrito Federal a trabalho conta que foi abordado pelo homem às 8h40. "Ele bateu na porta do meu quarto e mandou juntar todas as coisas e descer. 

Estava armado e com o mensageiro já algemado, cheio de bombas no corpo", diz. Segundo o publicitário, que não quis se identificar, o homem passou em todos os quartos mandando os hóspedes descerem. O publicitário desconfiou que fosse um assalto. 

"Depois, enquanto eu terminava de juntar as coisas, ele voltou no meu quarto e disse que não era roubo nem nada, era terrorismo. Que ele não estava brincando." 
G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário