O papa Francisco proclamou neste sábado 20 novos cardeais para o clube da elite eclesiástica, que elegerá seu sucessor, e imediatamente fez um discurso com tom de reprimenda.
O pontífice pediu que os líderes religiosos coloquem de lado o orgulho, a inveja e os seus interesses e, em vez disso, pratiquem a caridade perfeita.
Francisco fez as declarações durante uma cerimônia na Basílica de São Pedro na qual nomeou os novos "príncipes da Igreja" ao Colégio de Cardeais e deu a eles seus novos chapéus vermelhos.
O papa aposentado Benedito XVI compareceu ao evento e se sentou na primeira fila. Francisco o abraçou no início e no fim do serviço e uma fila de cardeais se formou para cumprimentá-lo antes da procissão no final do dia.
Muitos dos novos cardeais vieram de países distantes, de dioceses negligenciadas, onde os católicos são uma minoria étnica, o que reflete a insistência do novo papa para que a Igreja esteja próxima das periferias e aceite os marginalizados em sua governança.
Diversos nomeados são pastores que, como Francisco, focaram seus ministérios para o trabalho com os pobres e desprivilegiados.
Em sua homilia, o pontífice lembrou a seus novos colaboradores que ser um cardeal não é um prêmio, ou um cargo extravagante, mas uma maneira de servir à Igreja com humildade e ternura.
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