Diante da perspectiva real de união do PMDB e DEM já no primeiro turno da eleição em Natal, os líderes da oposição a Micarla de Sousa e a Rosalba Ciarlini começam a bater na mesma tecla da "união do bloco".
Por mera coincidência ou não, dois prováveis protagonistas da próxima eleição - Wilma de Faria (PSB) e Carlos Eduardo (PDT) - reforçaram esta tese.
E eu sei que uma ala do PT também tem observado a mesma coisa.
O negócio é o seguinte: PMDB e Democratas caminham para uma aliança já no primeiro turno da eleição em Natal.
O PMDB apresentou a pré-candidatura de Hermano Morais. Já o DEM não tem ninguém. Tinha o filho de José Agripino Maia, mas Felipe não topa ser boi de piranha.
O DEM tem sinalizado que estará com o PMDB para o que der e vier. Seja no próximo ano ou seja em 2014. A aliança está firme como uma rocha.
Além deste núcleo, PSDB, PR e possivelmente o PV podem se juntar à festa situacionista.
PSDB tem Rogério Marinho, que deixa de ser deputado federal se contrariar o DEM; o PR não tem candidato competitivo; e Micarla de Sousa, coitada, tem o direito de postular a reeleição mas ninguém dá um centavo furado por sua candidatura. Micarla é uma incógnita.
Portanto, a união do PMDB-DEM-PR-PSDB e provavelmente o PV, que não tem para onde correr, é real. É dada como certa.
Se isto ocorrer, ficará difícil para a oposição contrapor o projeto governista. Wilma e Carlos Eduardo já entenderam que as múltiplas candidaturas são arriscadas. Historicamente, a eleição em Natal é bipolar - um lado contra o outro. E só.
O PSB tem Wilma de Faria; o PDT tem Carlos Eduardo Alves; e o PT fala em Fernando Mineiro.
Quem vai abrir para quem? Esta pergunta já está martelando na cabeça de muita gente caso os oposicionistas optem por uma candidatura em bloco e não por múltiplas candidaturas.
PSB, PT, PCdoB e talvez o PDT têm consciência que a eleição estadual de 2014 depende de um bom desempenho nas cidades-polos do Estado - Natal, Mossoró, Parnamirim e Caicó - onde o governo apresenta-se com dificuldades.
Sem as vitórias ou um desempenho robusto nestas cidades, a oposição não terá recursos políticos para enfrentar o bloco Democratas-PMDB que sinaliza uma forte chapa para o governo e para o Senado da República - Rosalba Ciarlini buscando a reeleição e Henrique Eduardo Alves disputando o Senado.
Portanto, a dúvida da opsição é uma só: juntos ou separados no primeiro turno?
A resposta virá depois de muita conversa ao longo dos próximos meses. Mas o mote da união do bloco já foi dado por Wilma e por Carlos Eduardo Alves.
por Diógenes Dantas.
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