Que alguns pais influenciam no time para os quais os filhos torcem não é novidade nenhuma. Mas uma antiga paixão pelo ABC fez um torcedor ir além.
Admirador do Mais Querido desde criança, José Acácio decidiu colocar o nome do clube do coração no seu filho e o registrou como Kauan ABClino Morais Alves.
Mas não sem antes tentar registrar como ABC mesmo. Ele precisou discutir com a funcionária do cartório para conseguir homenagear o time e acabou tendo que improvisar para conseguir o que queria.
- Fui no cartório e quando cheguei para a funcionária fazer o registro dele ela perguntou o nome da criança. Eu falei Kauan ABC. Ela disse que não podia. Eu disse: por que não pode? Eu não sou o pai da criança? Eu não posso registrar o nome que eu quero registrar? Eu fiquei irritado na hora, até fiquei um pouco estressado. Não pode por quê? Ela respondeu que não podia porque era o nome de um time de futebol. Aí eu tive que improvisar alguma coisa e veio o nome "Lino". Aí eu completei: Kauan ABClino - contou o pai do garoto.
A mãe de ABClino, hoje com quatro anos de idade, conta que foi pega de surpresa e até chegou a pensar que era uma brincadeira do marido.
- Quando ele disse que tinha acabado de registrar, colocou o documento na minha mão e eu vi o nome ABClino, eu fiquei paralisada. Eu pensava que era uma brincadeira, mas foi verdade - disse Stefânia Morais.
O casal está junto há oito anos e tem três filhos juntos, todos abecedistas.
Entre bandeiras, camisas, quadros, pôsteres e objetos de decoração com as cores do ABC pela casa, Stefânia convive bem com o fanatismo do esposo.
Mas a história nem sempre foi boa assim para o torcedor. Pelo amor ao Mais Querido, José Acácio já até terminou um relacionamento.
- Eu queria ir ao jogo em Mossoró do ABC com o Baraúnas. Ela (ex-esposa) chegou para mim e disse: "se você for, quando voltar, você não entra mais em casa. Você escolhe: o ABC ou a sua esposa". Eu disse: vou escolher o ABC - lembrou.
G1-RN
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