Um motorista de transporte público e uma empregada doméstica passaram a vender água em um semáforo próximo à Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, para conseguir dinheiro para o casamento, que será em setembro.
Os dois se conheceram no ônibus que ele dirige, há dois anos e meio.O motorista de ônibus Luciano Dourado Gomes diz que tentava chamar a atenção de Rosa Maria Vieira todos os dias, na parada onde ela pegava outro ônibus.
“O mesmo horário, a mesma pessoa, aí eu comecei a encarar e mexer, dar aquela mexidinha”, contou ao G1.
Rosa conta que não dava atenção para o motorista, que dirigia um ônibus de outra linha que ela não pegava. Apesar das investidas, Gomes era ignorado. “Ela sempre dizia não, sabe? Ela se fazia de difícil.”
No dia em que Gomes passou a dirigir o ônibus da linha que Rosa pegava para ir ao trabalho, a coisas mudaram. O veículo estava saindo da parada e a doméstica ainda não havia chegado ao ponto. Quando ela viu, de longe, o coletivo saindo, ela partiu em disparada para alcançá-lo.
“Eu saí correndo feito uma louca para não perder o ônibus”, lembra.
Gomes aproveitou a oportunidade para tentar a sorte com Rosa. “Aí trocamos o telefone, eu liguei e combinamos de sair.”
Um ano depois do telefonema veio o pedido de casamento. Gomes passou por uma loja de joias e viu um par de alianças. “Foi uma surpresa, eu não esperava por isso”, conta a empregada doméstica.
O casal vai celebrar a união no dia 24 de setembro. Para conseguir dinheiro para a cerimônia, decidiu vender água a R$ 2 no semáforo. Rosa e Gomes se vestem a caráter para que os motoristas saibam um pouco da história do casal.
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