quinta-feira, 30 de abril de 2015

Pesquisadora da UFRN cria remédio que combate o câncer de próstata

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás somente do câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o sexto tipo mais comum no mundo, representando cerca de 10% do total de cânceres em homens. 

Neste sentido, a médica e farmacêutica, Regina Carmen Esposito vem desenvolvendo um remédio homeopático que possa contribuir para a diminuição dessa estatística. A pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) utilizou um bioativo da folha do Melão de São Caetano para desenvolver o remédio homeopático. 

Ao fazer os testes em laboratório, foi observado que as células de câncer humano morriam ao entrar em contato com o composto. 

Então, a farmacêutica e médica decidiu fazer testes clínicos. Para a realização dos testes em humanos, Regina Esposito explica que não havia possibilidade de fazê-los em pacientes portadores de câncer, pois para melhor observação dos dados, ela haveria de administrar placebo além do remédio desenvolvido, o que não seria indicado, uma vez que os pacientes já possuem a doença. 

“Não seria ético”, avalia a pesquisadora. A solução encontrada foi a realização de testes em pacientes portadores de Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP), uma vez que essa doença causa o aumento da próstata de forma benigna. 

“A proposta do trabalho é dar o medicamento, acompanhar pelo ultrassom e acompanhar a Interleucina”, diz Esposito. Estudos indicam que quando há aumento de Interleucina, citocina pró-inflamatória que aumenta quando o organismo possui uma determinada inflamação e quando há, por exemplo, aumento de colesterol, de triglicerídeos ou da glicemia, há maior tendência de o indivíduo desenvolver HBP. 

O medicamento desenvolvido pela médica e farmacêutica, Regina Esposito é homeopático, não tóxico e dinamizado. “Quando testei a toxicidade, se mostrou, sem ser tóxico, dinamizado. Ou seja, a dinamização manteve a ação”, observa. Um remédio ser dinamizado indica que houve diluições, excluindo a matéria, mas conservando a ação do medicamento. Segundo Esposito, seu medicamento é diluído “10 a -24, ou seja, não tem matéria, não tem Número de Avogadro lá dentro”, explica. 
JH

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