A revisão cadastral de 2014 do Bolsa Família revelou que 436,2 mil famílias beneficiárias registraram aumento de renda.
Desse total, 238,5 mil superaram o valor mensal de R$ 154 por pessoa, que dá direito ao Bolsa Família, e não receberão mais o benefício.
As demais 197,7 mil famílias declararam ganhos acima da faixa da extrema pobreza, caracterizada por renda mensal de até R$ 77 por pessoa, e começarão a receber um valor menor.
As 211,1 mil famílias que não fizeram a atualização terão o benefício cancelado já a partir deste mês. Caso ainda precisem do complemento de renda e estejam enquadradas nos limites de renda do programa, essas famílias têm 180 dias a partir da data do cancelamento para pedir a reversão às prefeituras.
Mais de um milhão de famílias – 83% das que precisavam atualizar seus dados – compareceram aos Centros de Referência da Assistência Social e aos postos de atendimento do Bolsa Família nos municípios.
Processo de rotina - A revisão cadastral do Bolsa Família é um processo obrigatório e de rotina, realizado todos os anos e voltado para os beneficiários que não atualizam os dados no Cadastro Único há mais de dois anos.
Com dados de maior qualidade, é possível avaliar se o beneficiário ainda atende às condições necessárias para continuar fazendo parte do programa.
As famílias são convocadas por meio do recibo de saque do benefício.
O superintendente nacional do Programa Bolsa Família, Jose Umberto Pereira, lembra que o processo de revisão cadastral possibilita o acompanhamento da evolução de renda das famílias beneficiárias, além de outras informações sociais.
“A revisão permite a entrada de novas famílias no programa, em substituição àquelas que tiveram aumento de renda e, como consequência, não atendem mais a essa condicionalidade, além de reenquadrar as famílias que superaram a linha da extrema pobreza, ou seja, passaram a possuir renda superior a R$ 77,00 por pessoa da família”, explica.
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