Tirar da invisibilidade um drama que teve aumento de 7% no Brasil, na contramão da tendência mundial de 9,8% de queda, no índice de suicídios registrados nos últimos seis anos pela Organização Mundial de Saúde é o objetivo da parceria entre o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL/UFRN), a Associação Norte-rio-grandense de Psiquiatria (ANP) e o Centro de Valorização da Vida (CVV, ligue 188), que promovem no próximo domingo, 22, uma Caminhada pela Valorização da Vida, incluindo atividades de informação em saúde, que será realizada das 8h às 12h, no Parque das Dunas de Natal.
O suicídio, após os acidentes de carro, foi a principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Entre os adolescentes de 15 a 19 anos, o suicídio foi a segunda principal causa de óbito entre meninas e a terceira principal causa em meninos. Embora os números mundiais estejam em queda, os índices ainda são alarmantes: cerca de 800 mil pessoas acabam com suas vidas todos os anos no mundo, o equivalente a uma morte a cada 40 segundos.
As Américas foram as únicas regiões a apresentar crescimento da taxa global de suicídios, com elevação de 6%. Cerca de 80% dos casos ocorrem em países de baixa e média renda, como o Brasil. Depressão, esquizofrenia e o uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos com um potencial suicida, problemas estes que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
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