O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, defendeu nesta segunda-feira, 24, que os eleitores brasileiros deixem de ser obrigados a comparecer às urnas.
"Sou a favor do exercício da cidadania, do voto facultativo, mas precisamos avançar culturalmente para que os brasileiros em geral percebam a importância do voto", disse, em gravação para o Programa do Jô, da TV Globo, que estava previsto para ser exibido na madrugada desta terça.
Para Marco Aurélio, obrigar o eleitor a votar é uma maneira de tratar o cidadão como "tutelado". "O cidadão deve ter vontade de exercitar sua vontade.
O voto no Brasil sempre foi obrigatório, não decorreu do regime de exceção, mas agora é hora de se avançar e pensar no voto facultativo", afirmou.
O presidente do TSE defendeu também o sistema de urna eletrônica do País, que "preserva a vontade do eleitor" e tem se mostrado confiável, pois não há casos de "nenhuma impugnação minimamente séria, muito menos procedente".
"Agora é preciso que ele (eleitor) tenha, acima de tudo, vontade de buscar novos rumos para o Brasil."
Marco Aurélio explicou ainda por que o TSE passou a usar em sua publicidade institucional a expressão "vem pra urna" - uma alusão à mensagem "vem pra rua" usada em protestos no ano passado.
"Local para o protesto não é a rua, e sim a urna eletrônica", disse.
Estadão
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