O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, participou nesta segunda-feira (24) de sessão solene na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro para devolução simbólica do mandato de deputados federais do Partido Comunista do Brasil cassados em 1948.
Na época, a Câmara federal ainda funcionava no Rio de Janeiro.
O ato de reparação histórica a parlamentares comunistas faz parte das comemorações dos 92 anos do PCdoB.
Em seu pronunciamento, ele afirmou que conhece o sentimento dos familiares dos parlamentares cassados, pois seu pai, Aluizio Alves, também foi vítima das "cassações injustas" da história política brasileira. Sobre a trajetória do PCdoB, ele elogiou a consciência política e democrática do partido, adquirida na resistência e na luta.
"De todas as cassações que esse País teve a tristeza que assistir, de todos os processo brutais e violentos a que esse País teve que se vergar; o maior deles, o mais brutal, o mais violento, o mais absurdo, pela ignorância, pelo desconhecimento, pelo desapreço, pelo desamor às instituições, à democracia, à liberdade e à cidadania, foi cometido contra o PCdoB", disse Henrique Alves.
O presidente da Câmara assinalou que é importante que essa história seja sempre lembrada para que os jovens conheçam a importância da luta pelos ideais democráticos e de justiça social.
"O PCdoB é o exemplo vivo, no presente e no passado, de como vale a pena resistir, acreditar nas ideias e assumir um ideal".
Um partido, segundo Henrique Alves, "não pode ser uma hospedaria; precisa ser ser uma moradia".
A afirmação foi feita ao comparar sua fidelidade ao PMDB em seus 11 mandatos consecutivos como deputado federal ao compromisso dos parlamentares do PCdoB com os ideais e propostas programáticas do partido.
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